Setembro Amarelo: O suicídio na terceira idade

No calendário, setembro foi o mês escolhido para a campanha de Prevenção ao Suicídio, com o objetivo de conscientizar a população sobre o assunto.

A campanha começou nos EUA, quando Mike Emme, um jovem de 17 anos, tirou a própria vida. Mike tinha uma habilidade fantástica e na época restaurou um Mustang modelo 68, pintando-o de amarelo. Por conta desse acontecimento, a cor amarela foi escolhida como símbolo de luta contra o suicídio.

O assunto é delicado, mas não pode ser visto como um tabu, é preciso falar sobre e saber como prevenir.
Existe uma camada da sociedade que já passou da juventude, viveu várias fases da vida; e quando chegam na chamada “Melhor Idade”, ao invés de aproveitar, o ciclo é interrompido.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 1.200 pessoas com 60 anos ou mais morrem a cada ano em decorrência de suicídio.

Uma das patologias que acomete o idoso é a depressão. De acordo com o Instituto de Psiquiatria Paulista, a doença atinge até 15% dessa população, e muitas vezes vem disfarçada ou compreendida pelo próprio idoso ou seus familiares como: “coisa da velhice”.

Shirlei Lizak Zolfan, psicóloga e professora da FAM (Centro Universitário das Américas), dá alguns exemplos de comportamentos suicidas:
– Na maioria das vezes se mostram mais contidos e mais tristes;
– Começam a se “despedir” das pessoas queridas, verbalmente ou presenteando-as com objetos particulares, de valores sentimentais;

Segundo a psicóloga, tem aqueles que são considerados “suicidas passivo-crônicos” que vão deixando de se alimentar, de tomar a medicação e até provocam quedas, é o chamado suicídio lento. Na terceira idade o suicídio está relacionado a uma perspectiva de dor ou incapacitação, bem como, algumas dificuldades de acesso à saúde, a falta de recursos financeiros, solidão e o abandono. “Para prevenir é importante que ele continue ativo, no convívio de seus amigos e familiares. Escutar o idoso e entender sua história vai ajudá-lo na retomada das atividades que, em algum momento, foram fonte de alegria e de prazer”, afirma Shirlei.

O envelhecimento populacional é um fenômeno que tem ocorrido em escala global. A sociedade, especialmente a família precisa rever seus conceitos em relação a envelhecer. O idoso passa uma vida inteira cuidando e chega a uma fase que ele precisa ser o personagem principal.

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